sábado, 17 de janeiro de 2009

Uma manhã de Verão

Hoje o dia amanheceu excelente, como eu nunca me lembro de ver durante o ano passado. Finalmente a sensação do Verão Antárctico. Quando saímos da base depois do pequeno-almoço o termómetro que temos à porta marcava 3ºC. Mas a esta hora o termómetro está à sombra, o que faz com que, com o sol que está e praticamente sem vento, ao sol devam estar para ai uns 8ºC. Desta forma, e com este dia de Verão, começámos o dia com a monitorização da camada activa em Cerro de la Cruz. Até que cheguem as nossas caixas com o material de trabalho, que pensamos que será a 20 de Janeiro, esta monitorização, o reconhecimento de campo e de perfis são os únicos trabalhos que podemos fazer. Assim, depois de terminada a monitorização dirigimo-nos à base espanhola para cumprimentar os nossos amigos e verificar se tínhamos recebido email´s.


O Mário tem um email do Gonçalo, que está em Livingston, e finalmente estamos todos novamente em contacto. Segundo nos diz o Gonçalo as caixas também não chegaram a Livingston e neste momento não se sabe se estão dentro do Las Palmas e chegam a Livingston a 18 e a Deception a 20 ou se estão num navio que vai levar o material de reconstrução da base de Livingston. Neste momento esperamos que estejam no Las Palmas, pois se estiverem no outro barco creio que nem no dia 25 teremos as caixas connosco, o que complicaria ainda mais o trabalho por cá.

Como hoje é sábado, aqui na base argentina, depois de almoço já não se trabalha, e só se volta a trabalhar na segunda-feira. Nós como, até ao momento, não estamos com muito trabalho, decidimos dormir a sesta e descansar, pois ontem a caminhada de 4h deu cabo de nós e depois passamos o resto da tarde a fazer trabalho de escritório. Enquanto isso ao final da tarde os militares aqui da base decidem ir fazer um passeio até Punta Murature e depois até Baía Telefono. Até Murature levam os carros, daí a Telefono fazem a pé. Este é um percurso que se faz de forma simples com a maré baixa, mas quando esta começa a subir é impossível passar com os carros na Albufeira aqui mesmo ao pé da base. E foi o que aconteceu, quando regressaram já ao início da noite era impossível passar com os carros, que tiveram que ficar do lado de lá, tendo eles que fazer o resto a pé.

Entretanto com toda esta confusão dos carros estavam a chegar alguns espanhóis, que eu não sabia mas vinham jantar aqui à base, pelo que foi uma correria todos a tentar ajudar o Javier a preparar a comida e a mesa. O jantar foi uma comida que tipicamente se come na argentina aos fins-de-semana e que são hamburguês assados na brasa e depois comidos no pão com cebola, fiambre, molhos, cenoura, etc.

Como se está a tornar hábito nestas reuniões de convívio entre bases acabamos a noite a ouvir o Brujo a cantar e ainda fomos brindados por um show de dança típica argentina em que como bailarinos tínhamos o Victor (argentino) trajado a rigor e a Júlia (pinguinóloga argentina que está a viver na base espanhola).



Como se está a tornar hábito foi realmente um excelente convívio.

Sem comentários:

Enviar um comentário