sábado, 3 de janeiro de 2009

Recoleta!

Apesar dos para ai 20ºC que se faziam sentir no meu quarto o dia começou frio.

Depois de uma noite mal dormida, a proximidade do Aeroporto Nacional e do caminho de ferro à Cidade Universitária e a constante aterragem e descolagem de aviões e passagem de comboios fez com que acordasse uma dezena de vezes, o que mais se precisa é de um bom banho. Sei que tenho 3 pares de tampões de silicone para estas situações imprevisiveis mas no meio de tanta tralha foi impossível descobri-los durante a noite.

Assim, depois de uma noite mal dormida e de um dia anterior de viagem nada como um bom banho para despertar. Eram cerca das 8h40 quando decidi entrar no duche e por estranho que pareça não havia água quente! Voltei-me a vestir e fui ao quarto do Mário a ver se no dele havia e se me estaria a esquecer de ligar uma torneira qualquer de segurança. Para meu grande espanto quando lá chego já o Mário está pronto e de banho tomado. Primeiro pensamento: "Bom sinal. Devo-me ter esquecido de alguma torneira!". Infelizmente depois de lhe perguntar pela água quente e de ele se ter rido, percebi que tinha tomado banho de água fria. Qual a grande e principal diferença... É que o Mário tem pouco cabelo e o que tem é curto, já eu tenho algum para lavar. OK. Contra factos não há argumentos, eu preciso de um banho urgente e não há água quente. Solução: Banho de água fria aqui vou eu! Com o calor que está só custam os primeiros 2 minutos o resto depois é sem problema.

Eu já conheço quase toda a cidade de Buenos Aires mas o Mário quando aqui esteve à 2 anos, antes de ir para a Antárctida, foi muito de passagem e por isso existem muitos locais que não conhece. Assim, hoje decidimos ir passear para o bairro de Recoleta. Recoleta é um bairro muito bonito e organizado e segundo o meu guia é onde vivem as pessoas saudáveis de Buenos Aires (BA). O ponto mais visitado em Recoleta é o seu cemitério pois é nele que estão enterradas muitas das personalidades argentinas entre as quais Evita Péron. Apesar de eu já conhecer o local e de o Mário não gostar muito da ideia de ir visitar um cemitério à que visitar os pontos turisticos. Prometi que dava com a Mausoléu da Evita rápido, infelizmente não dei e para não variar, como acontece com a maioria dos turistas, andamos perdidos até encontrar o mausoléu da Familia Duarte. Fotos da praxe tiradas vamos então para o outro atractivo de Recoleta: a feira de Sábado.



Depois de horas a passear entre tendas e tendinhas, de artesanato, tralhas e bujigangas, depois de algumas compras e muita calor está na hora de descansar, fazer uma ligação à net para comunicar com a familia e amigos e tratar de assuntos da campanha enquanto como um grande gelado de Dulce de Leche e Maracuyá. Depois desta pausa são quase horas de jantar, mas antes disso ainda há tempo para uma paragem numa casa especializada em cervejas. Quem me conhece sabe que detesto cerveja e sabem que gostava de gostar. Gostava de gostar porque é barata, há em todo o mundo e existem montes diferentes para provar. De qualquer forma o Mário é um apreciador, a este nível só conhecia mesmo o meu Tio Rui que em cada viagem que fazemos tenta provar o máximo de cervejas de cada país. Assim, hoje vi pela primeira vez uma degustação de cervejas e fiquei com muita inveja de não gostar de cerveja.... é que em copos pequeninos fica tão bonita! Digam lá que não são o máximo!



O jantar foi no restaurante Munich Recoleta, um restaurante tradicional onde Jorge Luís Borges era presença regular. Quando passamos a porta, forrada com cortinados, que divide o interior do exterior, parece que recuamos meio século. O restaurante parece um antigo restaurante dos anos 50 com cabeças de animais de caça embalsamadas e penduradas nas paredes e onde até os empregados parecem que já lá estão à 50 anos nos seus fatos brancos com laço preto. Enfim um bom jantar, com óptima comida num restaurante catita.


Bom por hoje já chega. Hasta mañana!



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