terça-feira, 27 de janeiro de 2009

1º Dia sem fotos

Hoje o tempo e a geofísica mudaram-nos os planos. Tínhamos planeado ir para o campo logo de manhã mas, como chovia bastante, o Mário esteve na base espanhola com o Gonçalo, a ajudar a preparar os postos de monitorização da temperatura do ar que, mais para o final da semana, instalaremos ao longo do rio Mecón.

Por outro lado eu fiquei com o Horácio, na base argentina, a solucionar problemas relacionados com a geofísica. Enquanto eu li os manuais do programa Geotest e do equipamento HP da monitorização, a ver se descobria algum ponto que me pudesse ajudar a solucionar o erro que nos está a aparecer quando tentamos verificar as resistências de contacto dos eléctrodos, o Horácio ficou a fazer 2 cabos que, por lapso, não foram enviados de Portugal com o equipamento. Para além da leitura dos manuais aproveitei para rever o processo de aquisição de dados da geofísica com o equipamento que utilizámos o ano passado aqui na Antárctida.

Depois de almoço tentei ligar para a minha mãe a ver como tinha passado a noite uma vez que era a primeira noite de tratamento. Como não me atendeu, e fiquei preocupada, liguei para o meu pai que me fez um ponto da situação. Parece que passou mal a noite, mas porque teve umas dores e algum médico iluminado lhe deu um dos comprimidos a que é alérgica. Parece que acordou a meio da noite vermelha e com borbulhas, mas o mais grave é que também com falta de ar. Parece que a reacção alérgica não está relacionada com nenhum medicamento utilizado no tratamento da tuberculose, mas sim com esse tal medicamento que lhe administraram para as dores.

Depois do telefonema eu e o Horácio fomos até à base espanhola. Eu precisava por os assuntos da geofísica em dia e o Horácio precisava ver se soluciona a questão do seu regresso e do Ernesto no final da campanha.

Entretanto quando chegámos à base espanhola o Gonçalo e o Mário tinham acabado de chegar de Crater Lake onde tinham estado, até às 16h00, debaixo de chuva a fazer o levantamento topográfico desta área onde temos instalado, desde há 2 anos, o sítio CALM-S.

Com a nossa chegada de quatriciclo (como chamam aos carros tipo os de golf que temos nas 2 bases para nos movimentarmos) o Mário aproveitou a boleia de regresso para a base argentina pois só tinha comido umas barras de cereais e estava todo molhado.

Depois de colocarmos os e-mail em ordem, eu e o Horácio, seguimos para Cerro de la Cruz para fazer a medição dos 6 locais de monitorização da camada activa. Mas apesar de no início das medições não estar a chover, estava bastante frio e nevoeiro. Contudo, a meio das medições começou a soprar um vento forte de Este acompanhado de uma chuva chata e de um nevoeiro fortíssimo. Terminámos as 6 medições e fomos directos à base para ver se conseguíamos não chegar muito molhados.

A todos os leitores deste blogue as minhas desculpas por não existirem fotos, mas hoje foi mais um dia de trabalho de escritório do que de campo, e como puderam ver em cima o pouco campo que tivemos estava mau de mais para tirar fotografias.

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