sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Torres del Paine

Antes de mais um grande beijinho de PARABÉNS à minha querida prima Joaninha, companheira de viagens, que hoje completa 25 aninhos. Obrigada ainda a ela e à minha Tia Ana por estarem a guardar a celebração desta data especial para o fim-de-semana do meu regresso.

Hoje foram-nos buscar ao Hostal El Rincón, em Puerto Natales, às 7h30 e daí partimos para as Torres del Paine. Depois de 2h de caminho, com uma pequena paragem para um café, estávamos a chegar à entrada do Parque Natural Torres del Paine, onde pagámos a nossa entrada e ingressámos no Parque. Depois de entrarmos foi altura de procurarmos um transfer que nos levasse até ao Albergue Torres Norte. Pelo caminho o motorista fez uma paragem para que tirássemos uma foto às torres que, segundo ele, seria a melhor que conseguiríamos hoje. Mal ele sabia!


Depois de alojados no Albergue Torres Norte, foi altura de prepararmos umas sandes, frutos secos, maças, bananas e água e pormo-nos a caminho da base das Torres. Tentámos levar roupa e comida suficiente, para não termos frio/calor nem fome e de maneira a ir o mais leve possível. Segundo as nossas previsões levaremos cerca de 4h a chegar à base das Torres e mais 3h a voltar para o Albergue. São 11h30 quando finalmente nos pomos a caminho.


Definitivamente a primeira e última parte do percurso são as difíceis. A primeira porque ainda estamos frios e é a subir e a última porque é a subir uma moreia enorme que nos mata. O trajecto intermédio é feito mais junto ao rio e no meio de bosque, como podem ver na fotografia de cima, onde as pontes de madeira são muito comuns. No entanto as paisagens que vemos e as paragens que fazemos, ao longo do percurso e no Refugio Chileno e acampamento Torres, permitem ir restabelecendo as forças. Praticamente até ao final do percurso comemos simplesmente uma sandes, frutos secos e água, e com isso as energias restabelecem-se para continuarmos.

O fim é sem dúvida o pior. Quando chegamos à base da moreia e vemos a quantidade de blocos e de altura que temos de subir, começamos a rir e a parar muito mais vezes. E pela primeira vez estamos acima da média de tempo indicada para cumprir este percurso. Até agora temos estado sempre abaixo do tempo indicado, mas neste troço diziam que demoraríamos 45 minutos e na verdade 1h10 depois chegámos ao topo da moreia e à base das Torres.


A visão é espectacular e o momento de silêncio que se ouve, em que nem o vento sopra, é inesquecível. Eu quando cheguei lá acima tirei a mochila e deitei-me numa rocha a observar a grandiosidade de local e a pensar como a natureza nos pode fazer sofrer tanto para depois nos presentear com esta paisagem. Sem dúvida o esforço da subida valeu a pena, pois esta paisagem poderá ser vista em postais, mas não há nada como vê-la pessoalmente.


Depois de um pequeno descanso, de alguma comida e água foi altura de fazermos todo o caminho de regresso. Agora é relativamente mais rápido e fácil uma vez que a maior parte do caminho é a descer e já estamos treinados. De qualquer modo os joelhos começam a queixar‑se.


Depois de 9h00 de passeio, 8 das quais a caminhar e de percorrer 24 km finalmente chegamos ao Albergue, tomamos banho e preparamos umas saladas acompanhadas de Pisco Sour para o jantar. Estamos mortos e em pouco tempo estamos na cama.

1 comentário:

  1. olá

    vc se lembra os preços do albergue?
    e como se faz para realizar percursos longos, há camping ou cabans?
    o percurso em w foi o que realizou?

    grato

    jose

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