terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A Despedida dos Miguéis

Hoje pela manhã eu fiquei pela base a responder a mail’s e a por em dia tanto este blog como o blog de equipa que temos para a Caixa Geral de Depósitos, instituição que nos tem apoiado financiando bolsas de investigação para jovens cientistas polares.

O Mário e o Horácio saíram por volta das 10h30 para irem fazer as medições dos locais de monitorização da camada activa em Cerro de la Cruz. Daí o Horácio regressaria à base, uma vez que hoje entre as 11h30 e as 12h00 é o horário que ele e o Ernesto têm para falar por rádio para casa, e o Mário seguiria para a base espanhola para ver e enviar e-mail’s.

Já há hora de almoço, quando regressou da base espanhola o Mário disse que afinal os Miguéis saíam hoje com o Las Palmas, que chegou hoje de madrugada, logo depois de almoço. Quando ainda nós estávamos a almoçar aparecerem o Nikita e o Vassili que aproveitaram para almoçar connosco e para beber mate, o seu novo vício antárctico. Depois de almoço e do descanso para a siesta eu e o Horácio fomos para a base espanhola ver e enviar e-mail’s e daí seguíamos para o Mecón para instalar os sensores de temperatura do solo. Enquanto isso o Mário e o Ernesto subiriam ao Irizar para instalar o nivómetro, os sensores de temperatura do ar e do solo e colocar fita adesiva que isole bem o topo das duas perfurações de 80 cm.

Eu e o Horácio, antes de irmos para o Mecón, e depois de visto o e-mail, esperámos mais meia hora na praia para nos despedirmos do Miguel Ramos e do Miguel Angél. Para o Miguel Ramos esta é a sua última campanha e daqui segue para Punta Arenas e daí para Madrid. O Miguel Angél segue para mais uma semana e meia de campanha, acampado em Bayers, na ilha de Livingston e terminará a campanha connosco voando de Rei Jorge para Punta Arenas, provavelmente entre 17 e 18 de Fevereiro. Como em todas as despedidas na Antárctida toda a gente está na praia para se despedir dos que partem.



Depois das despedidas lá seguimos para o Mécon onde terminamos a instalação de todos os sensores (ar e terra) que ficarão a registar as temperaturas durante o próximo ano.



Depois de terminado o trabalho no Mecón regressámos à base espanhola para ver se alguém nos tinha respondido aos e-mail’s e ai encontrei o Miguel (Pinguinólogo) que me disse que estavam a autopsiar um pinguim que encontraram morto ontem na pinguineira. Como não é normal poder assistir a este tipo de coisas lá fui eu para o laboratório dos pinguinólogos assistir à autópsia do pinguim.

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