quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Merengues

Antes de mais um grande beijinho de PARABÉNS ao meu querido primo Nuno que hoje completa 25 aninhos.

Depois da noite de ontem hoje todos atrasamos o pequeno-almoço uma hora. Pela manhã eu, o Mário e o Ernesto fomos a Crater Lake. Eu ia colocar o equipamento de geofísica a monitorizar e o Mário e o Ernesto começaram com as medições da camada activa no sítio CALM-S. Como já vem a ser costume nesta campanha se alguma coisa pode correr mal de certeza que vai correr. E foi o que aconteceu… o cabo que liga o computador ao equipamento desligou-se e agora para o voltar a ligar é preciso confirmar novamente que cabo corresponde a que pino e isso só posso fazer na base. Decidi então desligar tudo, meter o equipamento na mochila e ir ajudar o Mário e o Ernesto com as medições da camada activa no sitio CALM-S.

Depois de almoço o Cláudio confirmou-me novamente os cabos a que pinos correspondem e depois de todos os cabos novamente conectados foi altura de voltarmos para Crater Lake. Entretanto hoje quando o Jorge nos deixou no vale do rio Mecón o carro que utilizamos começou a deitar fumo. Neste momento está avariado e enquanto o Miguel Angél não o arranjar teremos de ir a pé e voltar do rio Mecón. Assim, pela tarde eu, o Mário e o Ernesto voltámos a Crater Lake. Enquanto eu coloquei a geofísica a monitorizar, o Mário e o Ernesto terminaram de medir a espessura da camada activa. Foi altura de nos despedirmos de Crater Lake, faltam 3 ou 4 dias para que termine a campanha e neste momento é altura de começar a concluir todo o trabalho.


O Horácio infelizmente continua doente. Este é o 3º dia que fica em casa pois continua atacado com tosse e com o corpo dorido.

Depois de uma passagem pela base espanhola para ver os e-mail foi altura de eu e o Ernesto irmos medir a espessura da camada activa em Cerro de la Cruz. Talvez esta seja uma das últimas vezes que a meço, uma vez que daqui a 3 dias muito possivelmente já estaremos a entrar no Las Palmas directos à Ilha de Rei Jorge. Falta-nos muito pouco tempo de campanha e a ansiedade das despedidas e da partida já se sente. Eu cada vez que vejo os meus colegas de base durante a hora de jantar, já me começa a dar um aperto no estômago e no coração e as saudades, mesmo antes de partir, já começam a aparecer.
Depois de jantar eu e o César já tínhamos decidido que faríamos merengues com Dulce de leche. O Javier já nos tinha avisado que isto levava muito tempo a preparar, não pelo tempo de preparar a massa dos merengues, mas porque o forno não pode estar a mais de 100º e este como é industrial chega aos 180º e não temos como controlar a sua temperatura. A solução encontrada para os cozinhar foi, depois de 15 minutos dentro do forno fechado, abrir o forno 15 minutos para que arrefecesse e fazer isto sucessivamente até que os merengues estivessem prontos. O problema foi que à meia-noite os merengues estavam ainda muito moles e longe de se tornarem duros e estaladiços e segundo o Javier àquela velocidade nem às 4h00 da manhã estaríamos despachados. Eu depois do dia de ontem em Crater Lake e do de hoje no Irizar estava morta de sono. E por isso eu e o César decidimos que o melhor seria desligar o forno e deixar os merengues a cozer lá dentro durante a noite. De certeza que, de manhã, não estarão brancos, mas seguramente estarão secos e estaladiços.

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